Ela não queria o ambiente formal, sempre criado por ele. Começou por fazer graças, pois sabia que o faria rir. Ele riu e a acompanhou. Era bom poder relembrar de uma época em que a maior preocupação de ambos era rir, um do outro, um com o outro, sempre juntos. Ele a desenhou com fósforos, num pedaço de papel. O desenho tosco ficou guardado no livro, presente dele. A dedicatória, só pôde ler mais tarde, não tinha assim tanta importância, mas uma palavra ficou guardada. Ele tinha a chamado de doce, inédito. Doce, diante de toda a amargura e dor decorrentes daquele relacionamento. Doce. Ele ainda podia ver doçura nela ou era o que queria acreditar. Mas, na verdade, se a chamava de doce era por que não conversavam há mais de oito meses e ele não conhecia a relação daquela mulher com a dor, ele não sabia, nem imaginava.
sábado, junho 02, 2007
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