segunda-feira, janeiro 08, 2007

O conforto das longas amizades, sentadas em cafés ou em bares, despreocupada de julgamentos, de dores, de histórias mal entendidas, mal ouvidas, mal contadas, o conforto, aquele nosso, ventou para longe aquele gás de viver o novo. Tanto novo vivi nos últimos meses, tanto desconforto, ousadia, insegurança, vivi. Para o novo, é preciso ter gás, coisa que tem me faltado neste começo de ano asmático. Ventado para longe, para o inglês americano, do jornalismo literário, da imprensa e suas etiquetas coloridas. Lá, bem longe, está o gás que tive no mês das noivas, em que me separei de meu amor. E vocês aqui, estes que me põem no trono e me fazem segura, quero ficar. Quero voltar a morar aqui. Mas aí, desculpem, não sinto tão forte, minha escrita não é tão forte, não marca as folhas seguintes. Fica na introdução. Já na outra folha, lê-se o oposto. E é o que imagino: já amanhã, vou estar com os livros jornalísticos na mão, querendo aspirar o mundo, sugá-lo todo para dentro de mim.
Ou pelo menos, é assim que tem que ser.

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