segunda-feira, dezembro 18, 2006

Calendário

O fim do ano dá aquela falsa sensação de fim de alguma época. Algo deve acabar, algo deve começar: é o que os fogos indicam à meia noite! Como se fosse natural determinar inícios e fins íntimos dentro de um calendário universal.
Ora, meu fim de ano foi em meados de maio, começo de junho. O ano passado tinha sido bem longo, mais de trinta meses. Já me cansava o mesmo calendário.
A passagem não teve fogos, aliás, não teve qualquer sinalização. O Ano Novo chegou em meio a festas, viagens e trabalhos e só notei há pouco. Ele é recente. E assim, corre sem medo até o fim, cuja data, eu não sei. Folhas de calendário caem por si próprias. Em poucos meses, terei vinte e os dezenove serão lembrança, creio.
O tempo de fora, eu não adotei, que seria desrespeito. Fiquei com o meu: incerto, indeciso, bem bobo. Mas só meu.

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