sexta-feira, abril 25, 2008

A morte do amor é lenta. Segue o fluxo do cotidiano. Entre dor e não-dor, vive-se. A vida é meia vida, mas é ainda. O fluxo aparentemente contínuo vai se transformando. É quando outro chega. É verdade o que dizem do amor: só se sabe de seu fim quando se pode vê-lo à fronteira de outro. A morte do amor antigo está no surgimento de outro. Quando se percebe o passado é que se nota o fim. Não há fim simbólico com correspondência no real. Os gritos e choros prometem o fim, mas não o são. A morte é menos dramática e encenável. A morte é silenciosa e descontínua.

Um comentário:

Anônimo disse...

é quando a fantasia já não convence, mais uma vez