domingo, novembro 11, 2007

Errando passos

Tropeçar fazia parte do cotidiano, ao que se sentiu compelida a ingressar na comunidade do Orkut "Tenho tropeçado com frequência".
Talvez a culpa fosse dos pés, que, pequenos, não lhe permitiam o perfeito equilíbrio. Ou talvez o gosto por observar o céu. Mesmo com a pobreza de nuvens naquela cidade, ela se divertia admirando o azul vazio e o branco clichê.
Se até às sete da noite não tivesse errado os passos, sentia falta. Mas como que por compensação, tropeçava para quase-quase cair: livros no chão, fones de ouvido pendurados, vergonha.
Enfim, um dia, deixou de tropeçar. Caminhando, caiu com mãos, joelhos e barriga na calçada. Nunca mais se levantou; hoje é desenho de giz em frente à escola primária.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fatos
1 - fones de ouvido sao o rivotril da vergonha
1.1 - a vergonha e o rivotril dos timidos
1.2 - os timidos fingem ter vergonha
1.3 - gosto de quem finge

2 - otimo blog
2.1 - o comentario anterior antecipa a possibilidade de uma futura visita ao meu

3 - teclado da argentina + mistura de idiomas = horrores ortograficos
3.1 - jornalistas nao gosta de erros ortograficos

1 + 2 + 3 = sem vergonha espero dua visita, a meu blog sem erros.