domingo, janeiro 28, 2007

Teus olhos brilhando diante da possibilidade de virar palavra. Eu, rindo, por te saber ingênuo sobre papel, palavra, livro, letra, campo semântico contrário ao teu. Não preencheria uma folha inteira sobre mim, tu disseste. Querias existir no sentido de ser guardado para sempre. Ainda que em mim ou ainda bem em mim.
Acidente, então, foi ter tuas três folhas perdidas, transformadas em códigos, siglas, sinais. As palavras nem eram minhas, aquilo era teu. Quem se abalou foi tu, desacreditando que eu pudesse reescrever tudo.
Reescrever? Bem, talvez já fosse necessário, uma vez que tu te transformas em mim, como que conspirando com o tempo. Sei agora que estás curioso a respeito do conteúdo das novas palavras. Adianto: devem ser fiéis à tua leveza e aos teus sorrisos.

2 comentários:

Anônimo disse...

oque me dá certo alivio é saber que os paragrafos perdidos foram vividos, então estão na memória, o que foi escrito apesar de importante, foram só as lembranças que vc tem em mente descritas em palavras.. ;)

Gil Brandão disse...

pensadas em imagens, porque as palavras dão voltas e voltas e pensa-se que.