quarta-feira, abril 05, 2006

Rumo à queda

Tudo acontece ao contrário do que eu imaginei e quis. Ao invés dos últimos momentos de glória, uma decadência acelerada. A queda está tão perto que já nem a trato como surpresa. A doença já fez de mim uma enferma e não lido com ela como alguém saudável o faz. A decadência está me preparando para a queda e para a morte.
Imbecis transformaram o carpe diem em fuga. Não se encara de frente a dor, pois há de se aproveitar o momento. Aproveitar não é viver intensamente neste caso. Aproveitar aqui é sair, ver gente, fingir rir. Destorceram os conceitos ao seu conforto.
O sinal de alarme não pára de tocar. Em pouco tempo, já não haverá volta. Em pouco tempo, já não haverá possibilidade de correção. E o desespero me toma. Mas só a mim. E sozinha não posso nada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pode sim, pode tudo.
Não entendi as palavras escolhidas : doença, decadência, morte. Por quê ? De toda modo, ja disse Carmem Silva "o couro humano é mais duro do que supomos e so se morre de morte morrida mesmo"...

Fernanda Dutra disse...

Hmm anônimo, acho que a escolha dessas palavras em si vem mais por influência de um livro que estou lendo.