segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Ser
Por que eu sou muito mais gente em um show incrível em teatro, lendo uma tragédia grega, vendo Gyllenhall ou Burton ou Kubrick. Arte me acorda da minha vaziez e futilidade. Tira-me da minha distração, do esquecimento, dos tropeços constantes, da minha imbecilidade. Faz com que eu me sinta ser humano, enfim. Se tudo continuasse parado, é bem possível que eu fechasse os olhos e dormisse até que alguém mudasse o cenário. Então preciso de chacoalhões diários para viver a vida. Para notar os detalhes, beijar dolorido, conversar profundo, amar. Eu não sou sem arte, não sei se posso ser sem ela. No ano que passou, mal pude conviver com alguma forma de expressão e fui nula. Agora expiro a vida e as coisas tomam um ângulo mais otimista. Que pareça elitista, afetado ou qualquer coisa, mas eu me encontro no museu, no meu livro de cabeceira, no cinema e na música.
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Um comentário:
tou com saudade da arte.
voce nao?
eu tou morrendo de saudades.
queria que ela voltasse pra mim...
e só pra constar, tem a ver sim.
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